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As Favelas de hoje e as Cidades Medievais

sábado, 25 de setembro de 2010


by Telma Manolio
A história está repleta de descrições detalhadas das cidades medievais. Um livro que li recentemente, cujo título é: O mais belo livro dos Castelos, de Philip Steele, me fez pensar na estrutura das favelas brasileiras atuais e traçar um paralelo com as cidades medievais.
Na idade média, por volta dos anos 1200, nos países europeus, as casas eram feitas

de madeira com espaços preenchidos com gravetos trançados e unidos com barro. O mercado funcionava na praça, que
ficava repleta de pessoas alvoroçadas e vendedores anunciando seus produtos aos berros. Ali se podia comprar de tudo, desde velas, sapatos, artesanatos, armas, objetos de luxo, tecidos finos, até alimentos. Dançarinos e malabaristas se apresentavam no local, acrescentando diversão ao burburinho.
As ruas eram enlameadas porque não havia encanamentos, apenas valas onde o lixo se misturava com água, formando um lamaçal imundo, podre e fedorento. As pessoas atiravam o lixo pelas janelas, o que era um risco para os pedestres.
 
Depois de ler esta breve descrição, podemos perceber a incrível semelhança das cidades dessa época com as favelas da cidade de São Paulo, com as favelas da cidade do Rio de Janeiro ou com qualquer favela de qualquer outro lugar do mundo.
Em nossas favelas as casas são feitas em madeira, com a única diferença de que não se usa fechar os espaços com gravetos e barro, pois aqui não faz o frio que faz nas cidades européias.
As ruas dentro das favelas são exatamente idênticas às ruas das cidades medievais: nojentas e fedorentas, com esgotos a céu aberto.
As feiras livres, com sua sujeira, variedade de produtos e alvoroço, são comparáveis aos típicos mercados da época dos castelos.
Os dançarinos, malabaristas e limpadores de vidros existentes nos semáforos, são exatamente como aqueles antigos: “acrescentam diversão ao burburinho”.
Então, após essas comparações eu me arrisco a tirar uma conclusão:
Se em pouco menos de 800 anos, países como Inglaterra e França, que tinham cidades medievais como as que foram descritas acima, se tornaram ricos a ponto de fazerem parte dos sete países mais ricos do mundo, não podemos perder as esperanças, nós chegaremos lá em breve. Nós que estamos vivendo agora do mesmo jeito que viviam os medievais, por volta de 2 800 seremos um país rico. Não entremos em pânico, isso tudo tem cura. Só vai demorar um pouco menos de 800 anos.

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Um comentário:

  1. Olá !!

    Excelente texto, nunca tinha analisado esta comparação, você tem razão !
    Vamos ser otimistas e esperar que dure menos de 800 anos !!!!
    Grande abraço !

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